Eat, dink and love... What can the rest avail us? [Lord Byron]


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Escondidinho de Bacalhau


Se tem uma coisa que eu adoro de paixão são aquelas tradições que se repetem todos os anos, como pinheiro de natal, fogos no ano novo e, no caso, comer bacalhau na sexta-feira de páscoa!
Essa receita é super fácil e acaba saindo barata, porque vai pouco bacalhau, mas é muito boa (fiz hoje no almoço!). Então dá para substituir o bacalhau tradicional da sexta-feira santa ou fazer com o que sobrar dele no dia seguinte ^.- Serve bem umas 6 pessoas.
Assim, anota aí, amiguinha (aham, eu assisto Palmirinha!):


Escondidinho de Bacalhau
Ingredientes:
Para o recheio:
  • 300g a 400g de lascas de bacalhau (aquele que se compra para fazer bolinho, normalmente são as partes menos nobres e, por isso, mais baratas - como nós vamos desfiar, não é necessário ser aquela posta grossa que é usada para fazer uma bacalhoada ao forno - aliás, querem uma receita de bacalhoada?) - Sem querer fazer propaganda, acabei de descobrir que uma bandeja com 500g de lascas de bacalhau está custando um pouco menos de 10 reais no Pão de Açúcar;
  • 1 cebola média;
  • ½ xícara de azeite;
  • 1 e ½ caixinha de creme de leite;
  • Salsinha.
Para o purê:
  • 5 batatas grandes (sabe o tamanho daquela batata da Baked Potato?);
  • 2 colheres de sopa de margarina ou manteiga;
  • ½ xícara de leite (essa medida vai do tanto de batata, então pode ser um pouco mais);
  • 1 colher de sobremesa de alho picadinho.
Para a cobertura:
  • ½ caixinha de creme de leite;
  • 1 pacote de queijo ralado.
Modo de preparo:
Antes de tudo, é preciso dessalgar o bacalhau. Esse tipo em lascas dessalga mais fácil, então se você colocar de molho umas 4 horas antes de preparar já está de bom tamanho (é necessário trocar a água uma vez, mais ou menos umas 2 horas depois de colocado de molho). Esperou as 4 horas? Coe o bacalhau e reserve a água para ferver as batatas!
Descasque as batatas, pique em pedaços médios (mais ou menos em 8 pedaços cada uma) e coloque para ferver com a segunda água do bacalhau (aquela primeira que você trocou depois de 2 horas, pode descartar que está muito salgada), adicionando mais água para cobrir a batata se for necessário.


Enquanto isso, vamos preparar o recheio! Pique a cebola em lascas e desfie o bacalhau que já estava dessalgdo.Aproveite que você já está na frente da tábua de carne, pique a salsinha e reserve.

Em uma panela, coloque o azeite e a cebola, fritando em fogo baixo até a cebola ficar levemente transparente (não é para dourar, é para murchar a cebola). Feito isso, adicione o bacalhau desfiado e frite em fogo médio por uns 3 minutos. Por fim, acrescente o creme de leite e a salsinha, mexendo até a misturar bem. Desligue o fogo e reserve. O recheio deve ficar com essa cara (aliás, você pode usar esse recheio como molho para massas):

Cada um prepara purê de um jeito diferente (segundo uma conversa que eu tive hoje com a minha mãe), mas eu sempre preparei desse jeito que eu vou colocar aqui e é sem erro:











Depois de cozida, escorra a batata e amasse com um garfo até formar uma massa mais ou menos uniforme (pode ser feito com aquele espremedor de batatas também, mas só faz sujeira). 
Em uma panela, coloque a manteiga para derreter e adicione o alho, deixando fritar brevemente. Adicione a batata amassada e misture bem. Junte o leite aos poucos até acertar a textura (não deixe seu purê muito grosso porque pesa a receita, nem muito líquido porque vai desmoronar na hora de colocar no prato). Reserve.

Como montar:











Em uma forma (pode ser marinex, de porcelana, forma de bolo etc, mas precisa ser própria para ir ao forno!), coloque metade do purê. Cubra com todo o recheio e, por fim, mais uma camada do purê.











Para finalizar, espalhe sobre o purê aquela ½ caixinha de creme de leite que havia sobrado do recheio e polvilhe com o queijo ralado.
Coloque no forno alto e previamente aquecido até gratinar (o queijo derrete e as bordas ficam levemente douradas).
De babar:


Você pode acompanhar com uma salada de alface americana, cortada em tiras, com tomatinhos cereja. Eu beberia algo bem gelado (refri, alguém), porque essa receita fica beeem quente (por causa da batata que concentra o calor).

Feliz Páscoa! 

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Risoto de Carne com Shitake

Ooooi! Como essa é a primeira receita, eu vou começar deixando bem claro que sou uma cozinheira um tanto quanto livre de espírito (LOL), o que significa que não uso medida quase para nada a não ser arroz ou massas (tipo torta ou bolo). Assim, todas as medidas das minhas receitas são aproximadas, se vocês acharem que está faltando algo ou sobrando, confiem no seu instinto!
Como eu não sei quem está lendo e vai se aventurar no fogão, o meu passo-a-passo vai ser bem detalhadinho (quem já souber cozinhar, sorry ^.^).
Sem mais delongas,

Risoto de Carne com Shitake

Sabe aquele tipo de receita que impressiona mas que na verdade é super-simples? Esse é o caso. A única dificuldade desse prato é ter que deixar todos os ingredientes preparadinhos para não se descuidar da panela na hora que o risoto está cozinhando.
Os ingredientes:
  • Arroz próprio para risoto (eu uso arbóreo, mas dá pra usar o carnaroli ou até o agulinha - aka, o arroz normal de todo dia - mas, nesse caso, não vai ficar com cara de risoto "de restaurante", só avisando);
  • Carne nobre (filé mingnon ou miolo de alcatra) cortada beeeeem miudinha (leu o beeeeeem miudinha? Pedaços pequenos mesmo, para a carne não ficar dura depois);
  • Shitake desidratado (pode ser substituído por outro tipo de cogumelo desidratado como o funghi);
  • Cebola;
  • Manteiga;
  • Vinho branco seco (nada de frescura com esse vinho, é para cozinhar! Não vai gastar vinho chique!);
  • Caldo de carne (pode ser feito em casa ou em tablete mesmo);
  • Parmesão a gosto;
  • Salsinha.
As quantidades (lembrando que são aproximações, hen!) para 5 pessoas:
Arroz
Carne
Shitaque
Cebola
Manteiga
Vinho
Caldo de Carne
400g
250g
50g
1 unidade grande
4 colheres de sopa
½ garrafa
2 tabletes

Modo de preparo:
Antes de mais nada, coloque todo o shitake para hidratar no vinho (todo o shitae e todo o vinho), por, mais ou menos, uma hora (isso é o mínimo, pode deixar mais).
Enquanto isso, pique a cebola em lascas e a carne naqueles pedacinhos beeeeem miúdos. Quando o shitake já estiver hidratado, coe, reserve o vinho e pique o cogumelo. 
Coloque em uma leiteira (ou chaleira ou qualquer outra panela, hehe) uns 2 litros de água para ferver.

Pronto, já dá para começar.
Em uma panela, coloque 2 colheres de sopa de manteiga para derreter (uma dica: para sua manteiga não queimar muito rápido, adicione um fiozinho de óleo ou azeite). Quando a manteiga ficar líquida, adicione a cebola (salve só uma colher de sopa para preparar o shitake) e frite até dourar (cuidado para não queimar nem a manteiga, nem a cebola!).
Anh, sim, risoto é feito (todo) no fogo alto!

Adicione a carne e frite até ela ficar com uma aparência de cozida (aquela carinha de bife, sabe?).
Em seguida, adicione o arroz e os tabletes de carne (antes de adicionar o tablete, eu costumo dar uma picadinha neles, para ficar mais fácil misturar e derreter o tempero) e mexa bem, envolvendo o arroz no resto dos ingredientes (é nessa hora que o arroz vai começar a pegar o gostinho, então frite bem, mas não deixe queimar).
Anh, antes que eu me esqueça: não é para lavar o arroz! Esse tipo de arroz não se lava!

Adicione o vinho reservado (aquele que você usou para hidratar o shitake) e vá misturando até secar. Cuidado para não queimar o fundo! Não vai esquecer a panela no fogo só porque a mistura está parecendo bem molhada - esse tipo de arroz absorve líquidos muito rapidamente, fique de olho!
Quando o líquido secar, coloque um pouco daquela água fervente que você tinha deixado no fogo antes do começo. Anh, sim, essa água é para ser adicionada aos poucos (mais ou menos um copo por vez -  não vire a chaleira inteira na panela que o negócio vai miar!).

Enquanto na panela do risoto você vai adicionando a água aos poucos e mexendo bem até secar para depois adicionar mais água, vamos preparar o shitake (eu preparo o cogumelo a parte porque, ao contrário da carne, ele é mais delicado e não deve ser colocado para cozinhar no começo da receita junto com o resto dos ingredientes).
Em uma frigideira, coloque uma colher de sopa de manteiga para derreter. Adicione a cebola (aquela que você tinha salvo antes de colocar o resto para fritar, lembra?) e doure. Por fim, adicione o shitake e frite, mexendo, por uns 4 minutinhos. Reserve.

Vá testando o arroz antes de adicionar mais água ao risoto para saber quando ele está pronto (o arroz arbório não deve desmanchar, somente ficar macio). Quando o arroz atingir a textura desejada, adicione mais um pinguinho d'água (somente se o risoto estiver muito seco) e misture o shitake que você havia reservado. Desligue o fogo, adicione uma colher de manteiga, salsinha e parmesão a gosto (eu costumo usar uma xícara para essa quantidade, ralado grosso - se for daqueles pacotinhos prontos, meia xícara deve bastar). Sirva em seguida (não deixe seu risoto esfriar: risoto frio vira grude!).

E, Voilà!

Para acompanhar:
Eu normalmente sirvo com batata-palha e acho que uma salada de folhas verdes combina super-bem! No dia dessa receita, nós tomamos lambrusco branco bem gelado, mas um vinho branco seco deve acompanhar bem também (porque, apesar de ter carne vermelha, ela é em pouca quantidade, então acho que um vinho tinto iria ficar muito pesado para o prato - mas eu não entendo bulhufas de combinação de vinho, então dá um google que você deve encontrar).

Amanhã eu pretendo postar uma receita com bacalhau (barata!) especial para a páscoa!